quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Sobre o parto da Frida

A Frida pariu três florzinhas nessa madrugada. Finalmente!
Elas ainda estão assim, meio tímidas, mas muito presentes, nunca se escondendo, tão novinhas e já mantendo um equilíbrio incrível - Ao contrário de mim, que sempre busco o equilíbrio, mas vira e mexe me pego comedindo e às vezes me dou ao exagero - São um exemplo! A Frida ainda está meio fraquinha, cansada. Acontece que cheguei de viagem sábado à noite, ela ficou alguns dias sem beber água e pela segunda vez quase cometeu suicídio, por bem pouco não partiu dessa pra melhor. A Frida, embora hoje já seja uma mãe de família, tenha três filhas pra criar e mais de 6 meses de vida, ainda é muito dependente de mim, é meio melancólica também, e se eu fico fora uns dias, ela fica assim, com preguiça de viver, é difícil compreender esse comportamento, mas acho que começo a entender como lidar com as plantas. Sabe aquela filosofia sobre a ''dualidade do Ser'', do Milan Kundera? Está me ajudando! Às vezes eu quase me sinto num romance filosófico meio a "A Primavera de Praga".
Pois sim, voltando ao parto da Frida, quero compartilhar que fiquei muito realizada com essa demonstração de afeto ao ter de volta a minha atenção, mesmo eu estando ainda um pouco ressentida com o seu comportamento anterior. De qualquer forma, eu não julgo a dor da Frida, eu também sinto sua ausência quando estamos longe, e devo confessar uma sensação egoísta de satisfação quando sinto que a minha presença é importante para que ela floresça.

"Mesmo nossa própria dor não é tão pesada como a dor co-sentida com outro, pelo outro, no lugar do outro, multiplicada pela imaginação, prolongada em centenas de ecos".

3 comentários:

  1. parabéns para a nova mamãe.
    plante as sementes, assim ela não ficará tão sozinha, e assim quando for viajar a Frida ainda tem com quem conversar, ao menos. (:

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