quarta-feira, 9 de setembro de 2009

E no silêncio lento...

Espero por você, feito uma idiota, a cada minuto contado penso que você e eu nunca daríamos certo, mas o que eu sinto por você vai limpando e varrendo esses pensamentos demasiados lúcidos da minha cabeça, o meu amor não passa de um faxineiro devaneador constante e incansável, pobre diabo!

...Nada que um licor de ameixa, ao som de Lee Morgan e seu trompete, não resolva. Nada que um ''Eu te amo'' em cima de um sofá velho de couro falso não resolva... Uma lágrima escapulida do seu olho, uma única lágrima, uma lágrima que continha todas as razões históricas e místicas da liturgia, esvanecida rapidamente pra eu não ver, mas eu pude ver, e ela era linda, ela cantava, dançava, pingava no toca discos, girava, girava, girava e voava em minha direção, segurava minha mão e me pedia gentilmente pra ficar, ela brilhava como um cristal e reluzia as sete cores, revelando então os sete mil amores que eu guardei somente pra te dar... Viva Tom Jobim! Viva Tom Zé! Viva todos os tons, todas as notas, todos os sons... Viva as buzinas de São Paulo, as ruas cinzas, as nuvens cinzas. Viva todas as cores! Todas as etnias! Viva Barack Obama! Viva os Estados Unidos da América!

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